No coração do sudoeste goiano, um cenário impressionante desperta a curiosidade de quem passa por Paraúna: a Pedra do Cálice, formação rochosa tão singular que parece ter sido cuidadosamente esculpida para impressionar. Mas essa paisagem não é obra de artista (ou talvez seja, né?), é resultado de milhões de anos de erosão que transformaram o arenito em monumentos naturais surpreendentes.
Situada na Serra das Galés, dentro do Parque Estadual de Paraúna, ela divide espaço com outras esculturas rochosas que brincam com a imaginação, e evidência direta da força da natureza.
A geografia local surpreende: são cerca de 25 a 27 km de estrada, boa parte em terra, a partir de Paraúna, um recanto rústico a cerca de 155 km de Goiânia. A chegada ao parque exige disposição para realizar uma trilha leve de 1 a 1,5 km em meio ao cerrado, até atingir o mirante natural onde o “cálice” se ergue, imponente e isolado .
Além da Pedra do Cálice, o conjunto abriga figuras como a Pedra da Tartaruga, do Lorde Inglês e da Índia com seu filho, cada formação convida à contemplação, ao devaneio e à história geológica contada pelas camadas de rochas avermelhadas da Serra das Galés.
Para tentar completar a imersão, a região abriga ainda o Rio Formoso, com locais ideais para banho e camping, e cachoeiras como a do Desengano e do Cervo, a até 60 km de distância, de fácil acesso e ideais para um segundo dia de passeio.
Como chegar e visitar
Partindo de Goiânia, siga pela BR‑060 até Santa Helena ou Palmeiras de Goiás, depois pegue a GO‑050 rumo a Paraúna. A poucos quilômetros da cidade, siga as placas que indicam a Serra das Galés, daí, cerca de 12 km de asfalto e 15 km de estrada de terra até o estacionamento. A visita é gratuita e não exige guias, o percurso permite liberdade para explorar, mas orienta-se por uma trilha autocontrolada.
Por que vale conhecer
Visitar a Pedra do Cálice vai além do turismo fotográfico: é um encontro com a história da terra, a geometria natural, a cultura interiorana e a preservação de uma reserva que resiste no Cerrado.
Para quem busca roteiros fora do circuito tradicional, misturando geologia, aventura leve e contato profundo com a natureza, esse é um destino imperdível. Campos de cerrado, formações de milhões de anos e trilhas silenciosas revelam um Goiás pouco explorado, mas que merece ser descoberto.
Principais atrações e estrutura
- Formações rochosas: Pedra do Cálice (15 m), Tartaruga, Lorde Inglês, Índia com filho, entre outras
- Trilha: leve, 1–1,5 km, sem grandes dificuldades
- Banhos e camping: no Rio Formoso e cachoeiras próximas
- Acesso: estacionamento gratuito, sem guichê ou taxa
- Estrutura: mínima, leve água, lanche e proteção solar
Se você quer uma aventura discreta que combina história geológica, natureza intocada e cenário de tirar o fôlego, a Pedra do Cálice é uma parada obrigatória. E, como diz a geologia, cada pedra revela a memória da Terra, basta saber ouvir.